terça-feira, 1 de agosto de 2006

Sozinho...

Foto de Daniel Camacho

Hoje é daqueles dias que apesar de terem acabado bem...sinto me como se fosse um dos piores dias da minha vida... Acabo o meu dia em casa e sozinho...sozinho. Ultimamente tenho me atormentado a mim mesmo com problemas que tem aparecido na minha vida, como solucionar, como me desenvencilhar, como vencer e ultrapassar o problema. Mas hoje quando cheguei a casa, senti me sozinho... desamparado... Os meus pais de férias, o meu irmão com a namorada e eu aqui sozinho. Sinto falta de um apoio, de um abraço, de um carinho que me faça sorrir. Tenho algum conforto de amigos, mas sempre que nós nos encontramos falamos das futilidades da vida, do que temos feito e nunca falamos realmente do que nos vem na alma... Sei que sou parvo por estar a dizer isto, mas acho que me torno paradoxo, quando digo que preciso de alguém para falar, e sou eu próprio que evito falar de algo profundo com alguém, para não maçar, não importunar com os meus problemas. Acho que o principal motivo disso acontecer, é que só o consigo fazer com a minha cara metade, no entanto, ainda não encontrei esse pessoa. Ao longo destes 23 anos de vida realmente tenho encontrado pessoas que têm quase estado a altura, desse desígnio que eu atribuo á mulher da minha vida, no entanto, aquilo que penso que possa ser um amor verdadeiro não passa de um grande paixão, repleta de boas emoções, sensações e novas experiências. E sempre que penso nisso, ou iludo-me com essa intensa paixão, essas pessoas desiludem me, mandando me para fundo de um poço. Claro que não o demonstro, mas lá que acontece, acontece... E por vezes quando me sinto sozinho, sinto falta de esse alguém ao qual partilho uma amizade, cumplicidade, uma grande paixão e um amor mútuo. Sinto muito falta disso. De sorrir, chorar, brincar, beijar, acariciar, dar tudo aquilo que tenho para dar, que é muito... e eu aqui, sozinho... Não procuro essa minha cara metade, mas sinceramente, gostaria muito de a encontrar em breve, sei que iria me sentir preenchido, completado...Bem depois de escrever mais um desabafo, e olho a minha volta, em que como companhia tenho o meu portátil e uma televisão onde passa aquelas novelas portuguesas, preparo me para um banho e em seguida cama. Lá é onde posso sonhar... sonhar contigo, minha mulher perfeita.

1 comentário:

Bárbara Alves de Campos disse...

Sabes que a solidão é relativa, já cheguei mesmo a dizer-te que te sentes sozinho quando estás rodeado de gente. Acredito que essa alma cruzará no teu caminho e te preencha na plenitude. Por vezes não encontramos o que procuramos porque não olhamos para o lado. Acredites ou não, estás guardado num lugar do meu coração que tu construíste, cheio de memórias tuas. Deixo-te um Beijo